O que mais me fisgou foram os detalhes mecânicos da figura: juntas expostas, cabos que se entrelaçam como veias, um coração de metal meio entreaberto. Parece uma metáfora ambulante da Molly — será que ela vai aprender a sentir, ou já sente demais? A Zenite adora essas ambiguidades, né? Até a tipografia do título brinca com isso: a palavra "sabe" está levemente desencaixada, como se duvidasse da própria afirmação. Genial.
Só fiquei com um pé atrás com o nome da autora em fonte tão "agressiva" (quase um "OLHA EU AQUI!"), mas depois me lembrei: ela sempre faz isso. É como se dissesse: "Sim, sou eu de novo, e vou te fazer pensar até de madrugada". O fundo com circuitos digitais é discreto, mas sutilmente inquietante — faltou só um contraste maior pra dar aquela "porrada visual", mas isso é culpa minha, que sou viciado em capas dramáticas.
No fim, essa capa é um aperitivo do que Zenite faz de melhor: histórias que misturam fios e sentimentos, e te deixam com aquele nó na garganta que nem a tecnologia consegue desatar. Mal posso esperar pra ver se a Molly vai me fazer chorar ou me dar esperança. Provavelmente os dois.
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